O ENREDO
A ACÇÃO d’
OS MAIAS
passa-se na Capital na Segunda metade do século XIX.
AFONSO DA MAIA, aristocrata e rico proprietário que
em 1875 se fixou no “Ramalhete” para aí acabar os
seus dias, vivera exilado na mocidade.
O único filho que tivera,
PEDRO DA MAIA, fora educado
pela esposa dentro de um falso religiosismo, acabando
por dissipar a superficial virtude em botequins e bordéis. Contra a
vontade do pai, casou com a negreira Maria de Monforte.
Deste casamento nasceram duas crianças: uma menina e um
menino.
Maria de Monforte fugiu
com um napolitano, levando consigo a filha pequenina, e nunca
mais se soube dela. O menino, de nome CARLOS, ficou na
companhia do pai, que, desolado, se suicidou.
CARLOS DA MAIA passou então a viver com o avô, o
velho AFONSO, que muito lhe queria. Formou-se em Medicina
e era um rapaz esbelto e inteligente.
Rodeiam-no alguns amigos:
João da Ega ( literato de
ideias avançadas e boémio, amante da esposa do banqueiro Cohen),
Alencar ( poeta
romântico, onde se viu retratado Bulhão Pato ), o viúvo
Eusebiozinho e
Dâmaso Salcede ( dois
refinados hipócritas), o maestro
Cruges, o jornalista
Palma Cavalão e outros.
O Dr.
CARLOS da MAIA, seguindo o costume dos seus
libertinos amigos, relacionou-se com a
Condessa de Gouvarinho.
Mas, um dia, ficou deslumbrado ao encontrar a que julgava ser
mulher do brasileiro Castro Gomes, a
MARIA EDUARDA. Depois de
a ter perseguido algum tempo sem êxito, foi chamado a casa dela
para ver um doente. Começaram então a entender-se e, como Castro
Gomes estava ausente, reuniam-se com muita frequência numa casa
de campo que CARLOS nessa
altura alugou e onde instalou a amante.
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