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CAMILO CASTELO BRANCO

 

 

BIOGRAFIA

    CAMILO CASTELO BRANCO, nascido em Lisboa a 16 de Março de 1825, desde cedo que parecia destinado a uma vida trágica, porém intensa. 

  Aos 2 anos de idade a sua mãe morre e, aos 10 anos, após a morte do pai, vai viver com uma tia para Vila Real, terra da qual era natural o seu pai. 

  Aos 14 anos, entregue aos cuidados de uma irmã, em Vilarinho de Samardã, conhece o seu primeiro mentor, o padre António de Azevedo, que lhe ensina não só a doutrina cristã, mas também Latim, Francês e Literatura Portuguesa, quiçá despertando desde logo a sua prodigiosa veia artística.

  Foi nessa altura que começou a despertar para uma vida amorosa verdadeiramente rocambolesca, envolvendo-se com uma jovem aldeã, que viria a ser a primeira de muitas paixões, culminando estas num efémero casamento, tinha CAMILO somente 16 anos .

  Mais tarde, em 1842, começa a estudar Medicina no Porto, mas perde o 2ºano por faltas. Tenta então Coimbra, em 1845 e 1846, em Direito, não chegando, no entanto, a matricular-se na Universidade.

  Em 1846 regressa a Vila Real e em 1848 muda-se definitivamente para o Porto, entregando-se ao jornalismo. No Porto, chega mesmo a inscrever-se num seminário, em 1850.

  Porém, 1850 foi um dos  (senão o mais) marcantes anos da sua vida: o ano em que conheceu Ana Plácido, a sua grande paixão.

  Nesta altura já CAMILO estava ligado ao ambiente literário do Porto e, após breves incursões novelísticas, escreve a sua primeira novela folhetinesca “Anátema”, em 1851.

  É na década de 50 que vive o seu grande amor e quando começa a escrever novelas passionais. No entanto, a sua própria vida estava a tornar-se uma novela passional. Trágica, diga-se, visto que Ana Plácido abandonou o seu lar por causa de CAMILO, facto que os enviaria para a cadeia, em 1861, condenados pelo crime de adultério.

  E foi na cadeia que, em pouco mais de quinze dias, escreveu a sua obra-prima e uma das mais notáveis obras da escola romântica portuguesa, “Amor de Perdição”.

  Em 1863 muda-se, finalmente para São Miguel de Seide, com Ana Plácido, e após uma breve passagem por Lisboa.

  Desde essa altura que faz da sua escrita o sustento da família, marcando a sua prosa com um estilo único, compulsivo, emocionalmente intenso, claramente influenciado pela sua vida pessoal.

  CAMILO era nessa altura um homem infeliz. Vivia sob constantes dificuldades financeiras, num tédio angustiante, desesperado pela doença dos seus filhos ( um deles era louco) e a ameaça de cegueira incurável.

  Por estas razões, o seu infeliz suicídio não foi surpresa, não obstante ter sido agraciado com o título de Visconde de Correia Botelho e do seu casamento com Ana Plácido, em 1888.

  CAMILO CASTELO BRANCO suicidou-se então a 1 de Junho de 1890, na sua última morada em vida, S. Miguel de Seide, em Vila Nova de Famalicão, entrando para a História da Literatura com um precioso legado artístico. 

  O seu estilo castiço, de vocabulário prodigiosamente rico e pitoresco, casa-se admiravelmente com o conteúdo bem português das personagens criadas e seus conflitos, fazendo de CAMILO um dos escritores que mais e melhor caracterizam a Literatura Portuguesa. 

 

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  Bibliografia: Lexicoteca, Tomo IV, págs. 161/162